Resenha: Entre o Amor e a Vingança



"O que um canalha quer, um canalha consegue... Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury.


Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança – o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles…

…até mesmo seu coração."

Autora: Sarah MacLean
Ano: 2015 / Páginas: 304
Idioma: Português 
Editora: Gutenberg
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          Penélope Marbury, é a mais velha de cinco irmãs, e aos 28 anos, já é considerada encalhada pela sociedade. Sua mãe, mesmo depois de nove anos, não se conforma com o rompimento do noivado, por ela ter deixado passar a oportunidade de ser condessa. Apesar de seu noivo amar outra mulher, e abandoná-la por este motivo, a culpa naquele tempo era sempre da mulher. Para melhorar a situação, ele se casou com a mulher por quem se apaixonou, uma semana depois.
"E ela sabia, sem dúvida, de que iria se casar conforme seu pai desejava, como se fosse mesmo a Idade Média, e ele estivesse cedendo parte de seu feudo. Só que ele não estava cedendo nada." Pág. 34
        Durante os 9 anos que sucederam o rompimento do compromisso, ela ainda foi cortejada algumas outras vezes, mas como ela desejava um casamento com algo mais, foi recusando os cortejos, até eles cessarem.


           Bourne, após perder tudo no jogo, justamente para o homem que, deveria protegê-lo após a morte dos seus pais, se tornou um homem frio, cruel e sem confiança nas pessoas. Além claro, de ter uma reputação levemente (muiiiiito) manchada. Mas um belo dia, ele descobre que suas antigas terras, Falconwell, estava vinculada ao dote de uma certa dama, que por acaso ele conhecia muito bem. Adivinha quem? Hahaha, isso mesmo Lady Penélope, vulgo a encalhada.

            A solteirice de Penélope estava afetando a reputação das suas irmãs mais novas, que também precisavam casar, então seu pai, tendo adquirido as terras vizinhas, adicionou-as ao dote da sua filha, para resolver logo a situação, e ela logo recebeu uma proposta de um dos seus melhores amigos, Tommy. E ela, claro, recusou. E no mesmo dia, dama como era, resolveu sair à noite, sozinha, em um local desabitado, e quem ela encontra? Siiiiiiim, ele mesmo, Bourne, seu outro amigo de infância, que já não era o mesmo menino de antes, e de um jeito muito sutil, (sqn), a força a casar-se com ele.
"Ele é um cretino e também não estou absolutamente segura de que o aceitaria se ele implorasse. Exceto pelo fato de que estou casada com ele." Pág. 166
         Como ele tornou-se dono de cassino, um dos sócios do Anjo Caído, Penélope, já casada vê ali uma oportunidade de aventura, já o Bourne, a evita, pois ele tem um propósito de vingança, e seu amor por ela poderia acabar com todos esses anos de planejamento, e torná-lo um fraco, mas será que os dois conseguirão cumprir o que planejam?


       Li alguns livros de época este ano, e esse foi o meu favorito até então, principalmente pela força de vontade da protagonista, e pelo poder que ela impunha só em falar, e se portar, Penélope é com certeza uma mulher inspiradora. Mesmo que algumas atitudes não sejam condizentes com a época, nós estamos falando de uma ficção, ou seja, não teria porque me incomodar. A obra é narrada em primeira pessoa, de forma intercalada, por Bourne e Penélope, sendo assim, conseguimos analisar os sentimentos de ambos, as frustrações, os pensamentos e claro, como toda boa leitora, queria saber o que se passava na cabeça do mocinho, nem tão mocinho assim. Pude perceber de verdade, o que ele sentia por Lady Penélope.


       Sarah MacLean tem um tipo de escrita maravilhosa, que flui e te deixa com muita vontade de ler mais, o livro possui uma bela diagramação, com os números das páginas contornados, achei lindo. Há alguns erros de digitação quase no fim do livro, e um deles eu demorei um tempo para entender o sentido da frase, fora isso, é um livro que vale muito a pena. O melhor de tudo é que não vou precisar esperar pelo segundo volume, já está à venda e logo terá uma resenha aqui. Fiquem de olho.

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