"Dizem por aí que os melhores momentos da vida são vividos na adolescência. Os primeiros amores, os encontros, as festas, as viagens, as surpresas… E são sempre os instantes inesperados que transformam um dia comum em uma lembrança especial, daquelas que nunca deixarão de nos acompanhar.
Este é um livro sobre esses momentos doces e sensíveis que não se apagam da memória tão facilmente. Quatro contos, em quatro estações do ano, sobre jovens que passam por vivências e sentimentos intensos. Paula Pimenta nos leva em uma viagem de inverno. Babi Dewet conta como um outono pode mudar tudo. Bruna Vieira mostra a paixão brotando com a primavera. E Thalita Rebouças narra um intenso amor de verão. Histórias de um ano inesquecível que vão ficar para sempre!"Autoras: Paula Pimenta, Babi Dewet, Bruna Vieira e Thalita Rebouças | ISBN-13: 9788582353110 | Ano: 2015 / Páginas: 400 | Idioma: português | Editora: Gutenberg | Encontre AQUI
Um Ano Inesquecível reúne quatro grandes autoras, e 4 contos inesquecíveis, eu acho um pouco complicado resenhas um livro com estórias diferentes, e como são contos, são mais curtas, sem dar alguns spoilers, mas eu vou conseguir, rsrs.
Em Enquanto a Neve Cair, conto de inverno, por Paula Pimenta, conhecemos Mabel, que logo no começo da estória, me irritou profundamente, por um único motivo, quem é o ser vivente neste mundo, que não quer conhecer a neve? Sim, Mabel não queria, porque teria marcado com as amigas de irem ao sítio da família de uma delas, e o garoto por quem estava apaixonada, além de ter terminado o namoro, estaria presente. No começo ela se zangou muito com a família, e acabou descontando até no seu irmãozinho de 7 anos a sua insatisfação. Depois, quando ela começou a cair na real, que seu pai fizera isso apenas pelos filhos, pela oportunidade de conhecer novas coisas, ela passou a mudar um pouco de atitude, porém, até quando queria acertar, Mabel se metia em encrenca. No decorrer do conto, percebi que ela, mesmo com 14 anos, passou a amadurecer mais, e isso tudo graças a um amor na neve.
Foi um conto em que você realmente sente que foi a Paula Pimenta que escreveu, dá para sentir sua forma de escrita do começo ao fim, em alguns momentos eu fiquei muito chateada com as atitudes da Mabel, e mesmo que a justificativa da idade possa parecer uma boa saída, eu já tive esta idade e não agiria como ela, em alguns momentos. Mas foi um belo conto, mesmo não achando o melhor do livro.
Babi Dewet nos apresenta, em O Som dos Sentimentos, uma jovem de 17 anos que "odeia" música. A Anna Julia, será que vocês adivinham porque? Sim, os pais dela a batizaram assim por causa da música Anna Julia, dos Los Hermanos. E quando ela se apresentava, todos cantavam a música para ela, e por conta disso, ela não só odiava esta música, como todas as outras do mundo. Mas, como o próprio título do conto diz, ela no caminho do estágio em um escritório de advocacia, passando sempre pelo mesmo lugar, acaba conhecendo um jovem músico, que tocava nas ruas para custear ongs de cuidados aos animais, e eu amei ele por isso. Com o passar dos dias, ela acaba se aproximando do João Paulo (por causa do John Lennon e Paul McCartney), e por conta de uma forte chuva, fica com o casaco dele, e no bolso tinha um iPod, e ela por curiosidade foi ouvindo as músicas que ele ouvia, e o ódio musical dela acabou, o que é uma maravilha, porque viver sem música, não é legal. Eles sabiam que deixariam de se ver em pouco tempo, e não queriam um romance, mas não foi o que aconteceu, e eles se apaixonaram, a estória acaba com algumas reviravoltas, e eu não posso contar mais por conta dos spoilers.
Este foi o meu conto favorito por dois motivos, primeiro porque não conhecia a Babi Dewet, e se tornou uma grata surpresa, e segundo, porque foi o único conto do livro em terceira pessoa, e eu pude conhecer os sentimentos dos dois envolvidos, sendo assim, me apaixonei pelos dois. E uma curiosidade sobre o assunto nome de música, tinha uma colega de classe no Ensino Médio, que se chamava Inara, e ela odiava aquela música do Katinguelê, Inaraí, justamente por isso, todo mundo cantava pra ela, e eu era uma delas (mas só as vezes).
O conto da primavera, escrito pela fofíssima Bruna Vieira, fala sobre uma jovem completamente ferrada por causa de Matemática. Jasmine, em A Matemática das Flores, no auge dos seus quase 18 anos, precisa de apenas 9 na última prova de matemática para não repetir o 3º Ano. E teve tudo que usava frequentemente, e não permitia que ela estudasse cortado, logo ela estava sem celular, sem WhatsApp, sem internet, quase sem vida! E em todos os tempos vagos, precisava estudar. E, mesmo estudando muito, sua mãe conseguiu que seu professor chato de matemática, desse aulas de reforço para ela. Mas coisas boas acontecem, e um gato, aluno bolsista da faculdade que funcionava a noite no prédio de sua escola, o Davi, teve que substituir o professor Eduardo Carvalho (por coincidência, o carrasco de engenharia da minha faculdade tem este nome, tamo junta!), e ela claro, passou a gostar mais da ideia do reforço. Duas colegas desnecessárias tentavam prejudicar a Jasmine, e simplesmente, no meio de uma aula, uma delas, cortou o lindo cabelo cacheado da Jasmine, que é o que ela mais amava na vida, mas ela provou o jogo de cintura, mudou o visual, e conseguiu deixar as duas ainda mais raivosas, elas aprontam mais uma, mas dessa vez, não foi uma coisa que desse para consertar com facilidade, e poderia prejuducar mais pessoas.
A Bruna gosta bastante de escrever histórias curtas, e lendo esta, parecia que eu tinha lido um livro de 400 páginas, pois é uma estória rica em detalhes, e muita coisa acontece no conto. O nome da Jasmine é este, pois sua mãe tem uma floricultura, e veio do jasmin. Por ter uma origem humilde, os pais dela queriam algo melhor para a filha, que decide fazer o que realmente gosta. Esta também foi uma estória bem legal, mas colegas que tentam prejudicar outras, não me convence muito, mesmo sendo legal de ler.
No último conto do livro, Thalita Rebouças escreve Amor de Carnaval, e sinceramente foi o conto mais visível de quem estava escrevendo. Acompanho os snaps da Thalita, e ela escreve da mesma forma que fala lá, e amei isto. Se alguém me mandasse ler o conto, sem saber quem escrevera, saberia de cara que foi ela. Inha (Flávia), Tati (Tatielly Cristinny) e Kaká (Karina) são 3 amigas que mesmo tão diferentes, se amam. Tati quer fama a todo custo, Kaká quer namorar um príncipe (da realeza mesmo) e a Inha, só quer se recuperar do recente fracasso amoroso. Mas a busca incessante pela fama da Tati, as fazem parar num camarote, em plena Sapucaí, e é lá que a vida das três mudam, e inclusive, Inha, a única que não queria fama, é quem acaba nos holofotes, graças a um (dois) rápidos beijos no camorote, com o Guima. E, mesmo dizendo que nunca beijava no primeiro encontro, ela acaba quebrando a regra, e se vê em todos os sites de fofoca no mundo! Sim, foi a nível mundial. A vida de Inha dá um giro forte de 360°, e algumas coisas que não foram explicadas completamente, são as verdadeiras culpadas pelo caos.
Eu creio que o livro foi encerrado com chave de ouro, pela rainha do snap, Thalita Rebouças, e mesmo não sendo a ordem correta das estações climáticas, acho que foi uma ordem maravilhosa para ler, pois as histórias vão ficando mais leve até o final. E acho que a Gutenberg acertou por completo com esta obra, reunindo autoras incríveis, e por quem os jovens são apaixonados, já aguardo uma nova coletânea. :D
Priscila!
ResponderExcluirMuito bom poder apreciar 4 autoras nacionais em evidência e seus contos.
Dá para ter uma noção da escrita das autoras, principalmente para mim que ainda não li nenhum livro de nenhuma delas.
“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.”(Millôr Fernandes)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Essa crise me fez diminuir a minhas aquisições de livros, kkkkk... Quero muito esse livro, ainda não tive a oportunidade de ler. Eu aposto em livros com autores brasileiros e o bom é que até o momento não me decepcionei. Ainda não li nada da Bruna e da Babi, e acredito que esse seria um bom começo!
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