"Nesta narrativa gráfica pessoal e de rara pureza, por meio de um roteiro simples e de temas universais (o amor, a morte), Frederik Peeters conta sobre seu encontro e sua história com Cati, envolvendo o vírus ignóbil que entra em cena e muda tudo, e todas as emoções contraditórias que ele tem de aprender a gerenciar: amor, raiva, compaixão. Pílulas azuis nos permite acompanhar, sem nenhum vestígio de sentimentalismo, através de um prisma raramente (senão nunca) abordado, o cotidiano de uma relação cingida pelo HIV, sem deixar de lançar algumas verdades duras e surpreendentes sobre o assunto. Apesar da seriedade do tema, Pílulas azuis é uma obra cheia de leveza e humor. Não é à toa que é considerada por muitos a obra-prima de Frederik Peeters. Uma das mais belas histórias de amor já publicadas." Autor: Frederik Peeters | ISBN-13: 9788582861592 | Ano: 2015 / Páginas: 208 | Idioma: português | Editora: Nemo | Encontre AQUI
Comecei a ler esta Graphic Novel, ainda sem saber que era autobiográfica, dei uma parada obrigatória na livraria e terminei em mais ou menos, 30 minutos. Primeiro achei as ilustrações incríveis, e muito bem retratadas. Frederik Peeters, é um cartunista suíço premiado, e nesta hq ele narra desde o momento em que conheceu a sua mulher, o afastamento e o reencontro deles.
A HQ, começa com com Peeters e Cati, se conhecendo e se esbarrando em algumas ocasiões, e uma chama acabou se acendendo. Com o tempo, há um distanciamento entre eles, e após um certo tempo ele a reencontra, casada e com um filho. Em uma festa, acontece mais ou menos o que está ilustrado na capa, isolados da festa, alheios a música, dança, bebidas e outros, eles conversam entre si, e ela decide revelar que é soropositiva, e seu filho também.
Hoje em dia, o HIV ainda é um tabu, mesmo com tantas informações disponíveis para todos nós, além da falta de informação sobre o que é realmente o HIV, e que ser portador do vírus é diferente de desenvolver AIDS. E depois de todos os avanços da medicina é possível ter uma vida normal, controlando a doença com a utilização de pílulas, sim as pílulas azuis do título. Além disso, o preconceito é ainda intenso, mesmo depois de tanta informação, e tanto alerta, ainda existe.
No caso do Peeters, mesmo sabendo que a Cati era Soropositiva, ele deu ouvidos ao amor, e após um ano de relacionamento, decidiu escrever a HQ para contar a sua família, a condição da sua mulher, e é graças a esta Graphic Novel que mesmo sendo de um assunto tão intenso, tem uma leveza enorme. Fla sobre as dificuldades que enfrentaram quando o filho da Cati precisou ser internado, em consequência da doença, e como eles se uniram ainda mais com as dificuldades.
Além disso, vi como era tratado o sexo entre eles, mesmo com a sentença, "camisinha para sempre", eles não permitiram que isto fosse um obstáculo no relacionamento. Sem contar as explicações excepcionais do médico da Cati, quando uma camisinha fura, achei simplesmente genial.
Já no fim da HQ, há um epílogo, que é uma entrevista com os membros da família, que enfatiza ainda mais o fato que ninguém deve se prender a nada, muito menos a fatalidades. A vida segue, e nós temos que acompanhar, e que seja da melhor forma possível, que foi o que eles fizeram. Sem sombra de dúvidas, foi uma leitura leve, excelente, impecável, e com gráficos muito bem desenhados. Super recomendo!
Oi, Priscila. Pílulas Azuis é sempre recomendado no mundo literário, principalmente quando o assunto são Graphic Novels. Eu sempre soube de sua existência, mas não da sua história, nunca passou por minha cabeça uma "aventura" entre duas pessoas se tornar em revelações de segredos. O HIV precisa ser mais tratado em livros.
ResponderExcluirÉ uma história muito boa, retratada de forma leve, e eu super recomendo a leitura.
ExcluirOi...
ResponderExcluirLi uma resenha desse livro recentemente e a blogueira soltava inumeros elogios para o livro, assim como você .
Gostei muito da resenha e fiquei super interessada no livro.
Amei seu blog e já estou seguindo... Se puder retribuir...
Beijos
http://coisasdediane.blogspot.com.br/
Que bom que gostou Diane, fico agradecida. Vou seguir, :D
ExcluirQue lindo Pri, realmente é uma historia real muito linda. Eu Graças a aprendi desde muito cedo a diferença entre pessoas portadoras do virus HIV, com o HIV já deselvido. Não tive contado com nenhuma, mas sei que a diferença é grande e que sim pode-se ter uma vida normal e ate filhos, claro que tudo ira exigir certos cuidados mas nada que o amor nao faça valer a pena tamanha felicidade (entende?? kk).
ResponderExcluirAcabei de adicionar em minha lista e fico grata por ter conhecido, acho que as escolhas deveriam adotar essa HQ como estudo.
BJss
Prisicla!
ResponderExcluirComeceu a me aventurar nos HQs esse ano... sim porque as novelas gráficas estão cada vez mais elaboradas.
Adorei a abordagem do livro porque é um tema que tem mesmo de ser discutido. Depois do bummmm do HIV, me parece que agora tudo se acomodou e ficou esquecido.
Desejo um 2016 carregado de saúde, realizações e muito sucesso em tudo que empreender.
“Que as conquistas no Ano Novo, cheguem na sua vida como confetes: Abundantes, Alegres e festivas...FELIZ SEMPRE!!” (Ana Marise)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Adoro HQs, tbm viajo nos desenhos, as vezes fico vendo os desenhos e depois leio, ou leio e depois paro e reparo nos desenhos...rsrs
ResponderExcluirMas eu confesso que sou uma dessas pessoas que conhece bem pouco sobre HIV - AIDS, sei que tem uma diferente, já vi qual, mas não lembro :/ e conheço pouco sobre essas pilulas azuis tbm, eu já quero essa HQ *-*