Resenha: Perdidos Por Aí - Adi Alsaid



"Quatro jovens ao redor do país têm apenas uma coisa em comum: uma garota chamada Leila. Ela entra na vida de cada um com seu carro absurdamente vermelho no momento em que eles mais precisam de alguém.
Entre eles está Hudson, mecânico em uma cidadezinha, que está disposto a jogar fora seus sonhos de amor verdadeiro. E Bree, uma garota que fugiu de casa e curte todas as terças-feiras — além de algumas transgressões ao longo do caminho. Elliot acredita em finais felizes... até sua vida sair totalmente do script. Enquanto isso, Sonia pensa que, quando perdeu o namorado, também perdeu a capacidade de amar.
Hudson, Bree, Elliot e Sonia encontram uma amiga em Leila. E, quando ela vai embora, a vida de cada um deles está transformada para sempre. Mas é durante sua própria jornada de quase sete mil quilômetros através do país que Leila descobre a verdade mais importante: às vezes, aquilo de que você mais precisa está exatamente no ponto onde começou. E talvez a única maneira de encontrar o que você está procurando seja se perder ao longo do caminho." Autora: Adi Alsaid | ISBN-13: 9788576863977 | Ano: 2015 / Páginas: 294 | Idioma: português | Editora: Verus | Encontre AQUI



Decidi ler este livro por um único motivo, amei a capa, e fui em frente, quem nunca? Quando li a sinopse, achei que a estória seria interessante, e aí decidi arriscar. Nunca tinha ouvido falar da autora, e o livro foi uma total novidade para mim, e foi uma boa experiência.

A trama é narrada em terceira pessoa, e dividido entre 5 personagens, Hudson, Bree, Elliot, Sonia, e Leila, que é o personagem central do livro. Leila viaja pelo país, sozinha, em seu carro vermelho, em busca da aurora boreal, e em cada cidade diferente que passa, encontra cada uma dessas pessoas, uma jornada que lhe trouxe grandes histórias, e um amor.

O primeiro narrador e personagem da estória é o Hudson, que trabalha como mecânico, na oficina do seu pai. Hudson está a um passo de entrar para o curso de medicina, e a entrevista será no dia seguinte, ao dia que Leila entra em sua oficina, para fazer reparos no seu carro. E claro que acontece o que todo mundo pensa, ele se encanta por ela, logo que ela entra na oficina. Logo que ele descobre que ela está viajando em busca da aurora boreal, Hudson decide apresentar os tesouros da cidade a Leila. Um ponto que achei que passou despercebido na estória, foi a ausência da mãe do Hudson.

Na segunda parte, o ponto de vista é da Bree, uma adolescente que anda sem rumo, pegando carona com desconhecidos, após ter fugido de casa. E claro, que os caminhos delas iriam se cruzar, em uma carona despretensiosa. De todas as estórias, a que mais gostei foi esta, principalmente depois que conheci os motivos para Bree ter fugido de casa, e como as coisas ocorreram desde então. E, principalmente, o final da estória, onde ela percebe que mesmo sendo uma doida varrida, sim, ela é, e muito, conseguiu ver e entender que nem sempre as coisas são do jeito que imaginamos que seria. Ah, e viva as terças-feiras!

O livro é sucedido pelo ponto de vista do Elliot, que de todos foi o que menos gostei. Eles se cruzam em meio a um atropelamento, e claro, Leila atropelou um Elliot embriagado, por causa de sua amiga, para quem se declarara, e ela não correspondeu. Elliot é o famoso último romântico, consumidor voraz de filmes românticos, e que acredita com todas as forças nos finais felizes. Leila decide ajudá-lo a encontrar a jovem dona do coração do Elliot, e tentar mais uma vez, como nos clássicos romances. No meio disto tudo, muita coisa surreal acontece, e acho que é justamente por isso que não gostei tanto. Tudo isso para encontrar uma pessoa que deu um fora em outro.

Na penúltima parte, é a vez de Sonia dar as honras, e narrar a sua vida para nós. Sonia perdeu o namorado que amava, uma morte súbita e inesperada. Depois desta tragédia, ela ainda continuou amiga da família,  foi convidada pela irmã dele, para ser uma das madrinhas dela, em seu casamento. Sonia se apaixonou mais uma vez, pelo irmão do noivo, durante uma das festas que esteve, após a morte do namorado. Ela acha que está traindo o namorado falecido, por ter se apaixonado por outra pessoa, e crê que a família dele acharia a mesma coisa, e continua mantendo isto em segredo. A forma em que Sonia e Leila se cruzam, é justamente após uma briga entre ela e seu atual namorado, porque ele queria sair do anonimato, claro. E ela decide dar uma volta com Leila de carro, e acaba no Canadá, e sem passaporte. A cidade fazia fronteira com o Canadá, e algo mais grave aconteceu, ela estava com as alianças do casamento, então a maior parte deste "conto", são das duas tentando voltar para os EUA, de maneira ilícita. No fim, foi uma boa história, e acho que foi a que terminei mais rápido, porque queria conhecer mais a fundo a Leila.

"Qual a sua história?"
Leila perguntou esta pequena frase, a todos os quatro anteriormente citados, e agora, é a vez de conhecer a dela. Eu no começo, tentei deduzir várias vezes, o que levou uma adolescente a cruzar o país, em busca da aurora boreal. Claro que a versão dela, dada anteriormente, eu já tinha certeza que não era verdade. Ela afirmava estar na estrada, para completar um trabalho escolar, e a foto da aurora, seria a cereja do bolo, e não foi bem assim. Achei que a história de vida dela, foi surpreendente, e bem trabalhada. Algumas pessoas disseram ver semelhanças entre Cidades de Papel, e esta estória, e eu honestamente, não achei NADA A VER, viajar por aí não era o objetivo da Leila, e muito menos ficar sozinha. Não vi nenhuma semelhança com a Margo, e falo isso com muita sinceridade. A única comparação que pude fazer com este livro, e que é mínima, só de algo que acontece com ela, e com outra protagonista, é de um livro que não vou citar, porque será um spoiler escancarado.

Sim, eu achei que o livro poderia ser melhor trabalhado, inclusive tirando um dos personagens, que ao meu ver, não influenciou muito no livro, que foi o do Elliot. E com esse espaço vago, poderia amarrar melhor o final, e explicar alguns acontecimentos inexplicáveis. Em uma escala de 1 a 5, o livro tem um 3,5. Mas a capa aumenta meio décimo, kkkkk 

1 comentários:

  1. Parece realmente um bom livro, e gostei mais ainda por ser narrado por vários personagens, tenho um fraco por livros que posso ver a história por perspectivas diferentes.

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