Resenha: Romance com o Duque - Tessa Dare


“Izzy sempre sonhou em viver um conto de fadas. Mas, por ora, ela teria que se contentar com aquela história dramática.”
A doce Isolde Ophelia Goodnight, filha de um escritor famoso, cresceu cercada por contos de fadas e histórias com finais felizes. Ela acreditava em destino, em sonhos e, principalmente, no amor verdadeiro. Amor como o de Cressida e Ulric, personagens principais do romance de seu pai.
Romântica, ela aguardava ansiosamente pelo clímax de sua vida, quando o seu herói apareceria para salvá-la das injustiças do mundo e ela descobriria que um beijo de amor verdadeiro é capaz de curar qualquer ferida.
Mas, à medida que foi crescendo e se tornando uma mulher adulta, Izzy percebeu que nenhum daqueles contos eram reais. Ela era um patinho feio que não se tornou um cisne, sapos não viram príncipes, e ninguém da nobreza veio resgatá-la quando ela ficou órfã de mãe e pai e viu todos os seus bens serem transferidos para outra pessoa.
Até que sua história tem uma reviravolta: Izzy descobre que herdou um castelo em ruínas, provavelmente abandonado, em uma cidade distante. O que ela não imaginava é que aquele castelo já vinha com um duque… Autora: Tessa Dare | ISBN-13: 9788582353653 | Castles Ever After #1 | Ano: 2016 / Páginas: 256 | Idioma: português | Editora: Gutenberg | Encontre AQUI

  Comecei há poucos meses a ler intensamente livros de época, e a Tessa é paixão recente. Com a Gutenberg, comecei a ler os livros da Sarah MacLean, e comecei a me interessar mais pelo gênero. É comum, publicar uma série por vez, de cada autora, porém na Gutenberg estão sendo publicadas duas séries simultaneamente. A Spindle Cove e esta, a Castles Ever After. Na Spindle Cove, os livros são interligados, e há uma relação entre os personagens. Na Castles Ever After, o que há em comum entre as protagonistas, são seus castelos herdados pelo padrinho, Conde Lynforth. Elas não se conhecem, e não surgem nos outros livros.


Tessa nos apresenta em Romance com o Duque, a Isolde Ophelia Goodnight, ou simplesmente Izzy. Izzy tem 26 anos, e perdeu sua mãe ainda muito jovem. Ela foi criada apenas pelo seu pai, que se tornou um escritor muito famoso, reconhecido por onde passava. Por consequência, Izzy cresceu rodeada por este mundo fantástico, amada pelos leitores, inclusive por ser uma das personagens mais queridas da história. A carreira do seu pai é ascendente, até que ele morre, e a deixa desamparada. Existia um testamento antigo, que foi feito antes do nascimento da Izzy, e nele, todos os bens do seu falecido pai, iria para seu primo. Ela e seu primo não se gostavam, e ele fez questão de jogá-la na rua.

E é aí que a vida lhe manda uma surpresa! Seu padrinho, Conde Lynforth, morre e a faz beneficiária no seu testamento. Deixando-lhe um castelo abandonado, e em ruínas. Para completar, junto com o castelo, veio um brinde, nada mais, nada menos que um Duque. E diga-se de passagem um Duque bem problemático.

Izzy, sem dinheiro, e sem ter como se sustentar, vê diante de o mal humorado Ransom William Dacre Vene, ou simplesmente Duque de Rothbury, tentar colocá-la para fora do seu castelo. Ele está vivendo recluso, há cerca de sete meses, e no auge dos seus 30 anos, deveria estar pela sociedade, esbanjando simpatia por aí, mas não, ele não sai de casa, e não se comunica com ninguém, fora do Castelo de Gostley. Algumas pessoas acreditam que ele está morto, depois de um grave acidente que ele sofreu.

E boa parte do enredo, eles tentam provar um ao outro, quem é o real dono do castelo. Como Izzy está falida, e precisando de sustento, aceita trabalhar para o Ransom, lendo as suas centenas de correspondências empilhadas. 

Durante a narrativa, percebo o quanto ela se desvaloriza. Talvez pelo fato de todos ainda a verem como uma personagem de uma história do seu pai, ela acaba achando que não é bela, e os homens não a notam. Porém, com o tempo, e as diversidades que ela enfrenta no dia a dia com Ransom, ele a faz sentir bela, notada e especial. Mesmo com todas as brigas estre eles, o sentimento aflora.
No caso do Ransom, ele tinha dificuldade em se relacionar, por nunca ter sentido o carinho de outra pessoa por ele. Sua mãe faleceu durante o seu parto, e seu pai passou toda a sua vida culpando-o por isso. E uma das coisas que mais me chocou, foi o fato do pai proibir que os funcionários demonstrassem afeto pelo seu filho.

Tessa mais uma vez conseguiu conduzir toda a narrativa de forma esplendorosa, sem perder o foco e mantendo uma linearidade incrível. A construção dos personagens foi realizada de forma magistral, e consegui me encantar por todos, e me apaixonar principalmente pelo Ransom. Um "mocinho" diferente dos demais, com uma personalidade parecida, porém, diferente em relação a situação enfrentada. 

O livro, narrado em terceira pessoa, sempre intercalando a Izzy, com o Ransom. O trabalho gráfico está mais uma vez de parabéns. A Gutenberg arrasando nestas capas divas! Já concluí a leitura do segundo livro, Diga Sim ao Marquês, e amei! Logo mais, falarei sobre ele por aqui.

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