- ...eu nem te conto!- Conta, vai, conta!- Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém?- Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora...- Não precisa exagerar! O que vou contar não é nada assim tão sério. Não precisa jurar.- Está bem... Autor: Abel Sidney | Ano: 2000 / Páginas: 5 | Idioma: português | Editora: Edição do autor | Livro disponível para download, sob domínio público. Para baixar clique AQUI.
Bom, antes de começar a falar sobre o livro, vou dar um recadinho antes. Percebi que as resenhas que mais estão sendo acessadas aqui, são as dos livros infantis, e decidi que vou tentar trazer mais de uma por semana, pois sei que não existem muitos blogs literários que tratem do assunto criança. Vai ser um pouco complicado, pois não possuo tantos livros infantis em casa, mas prometo tentar. Agora vamos prosseguir com a resenha.
Em Conto ou não conto? conhecemos três personagens sem nome, mas sabemos quem elas são. Primeiramente somos apresentadas as duas primas que estavam brincando na casa de uma delas, enquanto estavam de férias. E a que morava ali pediu que a prima prometesse que não contaria a ninguém a respeito do segredo dela. Era um segredo inofensivo, onde ela revelou que quando a mãe não estava em casa, ela tentou fazer um bolo que não deu muito certo. Mas por serem crianças, muito provavelmente não estavam autorizadas a mexer com o fogão. Quando a outra prima soube ficou muito surpresa, e logo a sua língua coçou. Achou que era um segredo muito grande para ficar guardado assim.
Na primeira oportunidade que ela teve de ficar sozinha com a sua tia, ela começa a tentar revelar o segredo da sua prima. Enquanto a sua tia está cozinhando, ela fala que tem um segredo para contar, mas não era a seu respeito, e sim da sua prima. A sua tia logo a perguntou por que ela falaria algo sobre outra pessoa, sem a mesma autorizar. E ainda a deixou com a consciência pesada, ao perguntar se ela deduraria a sua prima, mesmo sabendo que ela poderia ficar de castigo, e sem brincar com ela, e assim, ela decidiu não contar nada.
A sua tia ainda a contou algo sobre sua avó, que dizia que tinhámos dois ouvidos, e apenas uma boca, sendo assim deveríamos mais ouvir do que falar. E que nem tudo que ouvimos nós devemos passar adiante, pois quem conta um conto, aumenta um ponto. Ainda falou com ela a respeito de pessoas que fazem fofocas, ou leva-e-traz.
O livro finaliza com a prima um pouco envergonhada ao tentar fazer uma fofoca, e sua prima contando mais um dos seus segredos, que inclusive a ajudara a ouvir a conversa da sua mãe, com sua prima.
Eu vejo esta história de duas formas diferentes. Claro que nós como mães devemos ensinar aos nossos filhos a não saírem por aí fazendo fofoca, e o quanto isto é prejudicial. Porém, há o ponto de se ensinar a guardar segredos. Eu, particularmente nunca gostei disso, e acho que não se deve ensinar a criança nenhuma a manter segredos. Vivemos em um mundo muito perigoso, e não sabemos quem são de verdade as pessoas que estão ao nosso redor. Pode parecer um pouco desesperador, mas é realmente o que acontece. Eu penso logo no caso de alguém fazer algo de mal para o meu filho, e pedir a ele para não contar nada a ninguém. Quanto tempo eu ficaria sem saber de nada, até finalmente descobrir por conta própria? Creio que com o tempo as pessoas percebem o que pode, e o que não pode ser dito, e como manter a confiança de aguém próximo, e acredito que se o segredo seja algo muito perigoso de ser mantido, deve ser revelado.
Não li este livro para o meu filho, li sozinha, e creio que seria um tipo de leitura que não faria com ele. Acho que na idade dele (completará 3 anos em janeiro), é difícil distinguir quais tipos de segredos que deverão ser mantidos. Então, para crianças maiores, que já tem algum discernimento, ele com certeza é útil. Mas na idade que o meu filho tem, eu não recomendo.
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