Resenha: The Kiss of Deception - Mary E. Pearson



"Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro? 
Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor.
O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo." Autora: Mary E. Pearson | Crônicas de Amor e Ódio # 1 | ISBN-13: 9788566636864 | Ano: 2016 / Páginas: 406 | Idioma: português | Editora: DarkSide Books | Encontre AQUI

  Quando vi o lançamento deste livro, e soube que foi um sucesso lá foram, obviamente morri de vontade de ter o meu, e não demorei muito para comprar, só demorei um pouco para começar a leitura. Antes de tudo, não tem como não falar do maravilhoso trabalho gráfico que a Darkside faz em seus livros. A gente fica apaixonado só de olhar, até sem mesmo se interessar muito pela sinopse.

Em The Kiss conhecemos inicialmente a Arabella Celestine Idris Jezelia, ou apenas Lia, pois era assim que ela sentia que deveria ser chamada. A Lia é princesa de Morrighan, e a Primeira filha. Em teoria todas as primeiras filhas deveriam ter o dom, porém a Lia não acreditava que ela tivesse tal poder, pois nunca sentira nada diferente do normal. Morrighan é um reino tranquilo até então, porém mesmo assim para estabelecer uma aliança que somente ajudaria a fortalecer os reinos ele decide casar Lia com o príncipe de Dalbreck. Ainda no reino, ela criou algumas inimizades com conselheiros do Rei, por não se mostrar intimidada com ameaças deles. Tudo que ela podia fazer para os deixarem ainda mais furioso ela fazia.

Mas a Lia não deseja um casamento sem amor, sem nem ao menos conhecer o noivo, e nem saber como ele é. Antes de tomar a decisão que muda o rumo deste livro, ela ainda envia um bilhete para o príncipe, pedindo para inspecioná-lo, mas como não é respondida, ela decide fugir. Antes de fugir ela ainda partipa das práticas comuns antes da cerimônia, como a tatuagem de henna que é feita em toda as suas costas. Ela foge junto a sua dama de companhia Pauline, que mesmo contra a vontade da Lia, decide seguir viagem com ela.

Tudo fora muito bem camuflado durante a viagem, para evitar que soldados do seu pai as encontrassem. E finalmente elas chegam em uma pensão em Terravin, da tia da Pauline, Berdi. Lá a Lia começa a trabalhar, servindo as mesas, e cuidando das coisas na cozinha. E começou a tentar viver uma vida normal, exceto pela tatuagem da cerimônia, que já era para ter apagado, porém continua ali. Ela está ali, tentando mudar os rumos da sua vida, inclusive vivendo coisas que jamais vivera antes, e tudo isso sem ter a mínima ideia que o perigo está mais perto do que ela poderia imaginar.

Em paralelo ao ponto de vista da Lia, ainda temos dois personagens diferentes que narram os seus capítulos. Um deles é o príncipe de Dalbreck, que parte atrás da Lia para entender os motivos dela ter fugido, quando ele mesmo não teve coragem de fazê-lo. E um assassino enviado por Venda, para matar a Lia. Até aí seria tudo normal, mas a Mary E. Person trouxe um método muito intrigante para isso. Nós conhecíamos muitos aspectos dos personagens, e os seus primeiros nomes, mas não sabíamos quem era o assassino, e quem era o príncipe. Confesso que este mistério foi o que me prendeu no livro até o seu plot twist. Até chegar no ponto crucial em que finalmente descobrimos quem é quem, nada de novo acontecia. Não posso dizer que nada ocorreu, pois a Lia sofreu uma tentativa de homicídio, ordenada pelo chanceler, exceto isto, era tudo realmente muito parado. A maneira como a autora escreve também é muito legal, e é uma leitura bem detalhada, e precisa, mas o marasmo inicial realmente me incomodou um pouco.

Quando a Lia percebe que um dos homens que ela vinha convivendo por tanto tempo queria lhe matar, ela fica bastante surpresa, principalmente por ter bastante afeto por ele. E eu estava achando que ele não era o assassino, e realmente me surpreendi. Mas o que realmente me impressionou no livro são os seus capítulos finais, tive a impressão que The Kiss of Deception foi uma preparação para o leitor, para se acostumar com a sua escrita, e finalmente tudo acontecer no segundo volume. Os capítulos finais foram muito bons, e deu pra sentir a verdadeira pegada da história. 

O livro foi algo surpreendente e diferente das minhas costumeiras leituras. A maneira como a história é apresentada, com certeza foi feita assim com um objetivo. Eu percebi que da maneira como ela detalha bem os cenários, aparências, roupas, a gente consegue visualizar todo o cenário enquanto fazemos a leitura, e para um livro tão denso, e com uma história tão bem trabalhada, isso é muito bom. Eu comecei a pegar gosto pela leitura, justamente por causa de todos estes detalhes não serem tão comuns para mim, mas fui insistindo, por que a história era boa, e sentia que ela iria melhorar. E olha, foi muito bom eu não ter desistido! Espero ansiosamente o HOB em minhas mãos, para continuar esta história depois do ponto crítico onde ela terminou! E logo, logo volto a falar sobre As Crônicas de Amor e Ódio com vocês.

2 comentários:

  1. Olá! Eu estou muito curiosa a respeito desse livro porque acho muito legal quando a autora deixa a identidade dos personagens em aberto. É um livro realmente grande mas eu geralmente gosto de abordagens descritivas, então acho que iremos nos dar bem.
    Beijo! Leitora Encantada

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Até para quem não gosta de tanta descrição acho que o livro tem o seu valor. A descrição ambienta o enredo, e é bem necessária para entendermos alguns contextos e situações.

      Excluir

Curta-nos no Facebook

Estou lendo