Resenha: Sissi - Allison Pataki



"A “Rainha Encantada”, a mulher mais linda do mundo: a figura da Imperatriz Elisabeth da Áustria-Hungria, carinhosamente chamada de Sissi, sempre desperta fascínio e comoção por onde passa, mas sob tanto deslumbramento vive uma mulher muito mais complexa, que se sente sufocada pelo casamento turbulento e pelos rigorosos protocolos que ditam a vida na corte. Casada com o Imperador Franz Joseph, amada e odiada por seu povo, Elisabeth é uma das mulheres mais poderosas e influentes do mundo na Viena de meados do século XIX, onde os luxuosos salões do Palácio de Hofburg fervilham não só com valsas imperiais, champanhe e assuntos de Estado, mas também com tentações, rixas e desavenças acirradas. Espírito livre e sensível, Sissi só encontra paz quando vai para longe das intrigas palacianas e, assim, nasce uma chama que a consumirá por toda a vida: a paixão pelas viagens, que a leva para lugares remotos, onde pode cavalgar livremente e interagir com plebeus. Mas a vida de um monarca não pertence a ele mesmo, e sempre que o dever se impõe à liberdade de escolha, Sissi é obrigada a voltar à reclusão de seu círculo social, rodeada de fofocas, inveja e tristeza. Grande parte da excelente imagem mundial da Áustria-Hungria depende do carisma de Sissi, e ela precisa fazer a sua parte para salvar o Império. Mas, no final, ela poderá salvar-se?" Autora: Allison Pataki | ISBN-13: 9788582354087 | Ano: 2016 / Páginas: 416 | Idioma: português | Editora: Gutenberg | Encontre AQUI

  Sou uma pessoa bem complicada para falar sobre livros que não gostei muito. Não gosto de parecer reclamona, e que não entendeu o real sentido da narrativa. Quero dizer que não foi isso, não mesmo. Li sobre a história da imperatriz para ter uma base da vida dela e não falar sobre nada que não exista.

Sissi se casou muito jovem com o imperador Franz Joseph, e desde cedo se viu na obrigação de ser mãe, imperatriz e cumprir todos os deveres que eram impostas na sua posição. Sua relação com a sogra não era das melhores, inclusive por conta da sogra tomar para si a criação dos netos. Quando ela descobre que seria mãe novamente, se isola na Hungria e decide que irá criar esta filha e dar todo amor que não conseguiu dar aos mais velhos. Perder um filho não é nada fácil, e além de perder uma para a morte, ela "perdeu" mais dois para a sogra.

Ela só decide retornar para Viena quando descobre o tratamento cruel que o filho, herdeiro do império, está recebendo para se tornar imperador um dia. Ela era uma pessoa muito solitária e a vida na corte não ajudava em nada. Ela tinha dias para ver o marido, e inclusive tinham protocolos para ver os filhos também. E durante toda a narrativa ela estava sempre entre Áustria e Hungria, sempre fugindo de eventos e da vida solitária que tinha por lá.

Não a julgo por isso. É nítido que ela vivia com depressão, que aliada ao casamento precoce, a vida solitária, a ausência dos filhos, a depressão é algo muito sério e complicado de lidar. Mas, durante muitas ocasiões eu a senti bastante egoísta, e por diversas vezes parecia que apenas o seu cabelo, as suas roupas e a Valerie (sua filha mais nova) é que importavam. Várias vezes a predileção entre os filhos aparecia, e mesmo que ela não tivesse criado os dois, ela não fazia o mínimo esforço para se aproximar deles, muito pelo contrário, ela parecia querer se distanciar sempre.

O que eu realmente não gostei, foi a narrativa cansativa e que mesmo sendo tão extensa, não explorou algumas coisas que seriam legais de serem expostas. Como por exemplo, os romances que ela aparentemente teve, mas que não foram muito bem descritas. O trabalho gráfico e de edição ficaram bem legais. Mas a trama em si, eu achei bem enrolada e matracada. Mesmo que durante o enredo muitos anos se passaram, a leitura foi bem cansativa. Por diversas vezes me deu vontade de abandonar o livro, por perceber que a guinada não viria. Até o fim, que deveria ter um impacto e ser algo mais emocionante, ficou faltando algo. 

Como falei ali no começo, longe de mim deixar de recomendar uma leitura para alguém, principalmente por causa de preferências. O que é bom pra mim, pode ser ruim para outra pessoa, e vice-e-versa. Como falei, eu entendi o lado da personagem, justamente por entender a depressão. O que eu realmente não curti, foi a narrativa. 

4 comentários:

  1. Oi, tudo bem?
    Eu te entendo, quando não nos damos bem com a narrativa parece que o livro perde todo o encanto. Mesmo assim achei bem interessante essa história que eu não conhecia e fiquei com bastante vontade de ler o livro. Pode ser que eu tenha o mesmo problema que você, mas vou arriscar hehe
    Beijos

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  2. Priscila!
    É bem como falou, leitura é mais questão de gosto e identificação.
    Pela sinopse e pelo resenha que fez, gostaria de ler porque gosto de tudo que se relaciona ao século XIX e porque na minha adolescência assisti uma série de filmes chamada Sissi A Imperatriz e gostaria de conferir se tem alguma coisa haver...
    Desejo uma semana repleta de realizações!
    “O saber é saber que nada se sabe. Este é a definição do verdadeiro conhecimento.” (Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de FEVEREIRO, livros + KIT DE MATERIAL ESCOLAR e 3 ganhadores, participem!

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  3. Sou apaixonada por romances de época, e por este motivo passei a pesquisar um pouco sobre as grandes rainhas e personagens históricos influentes em suas épocas.
    Já li algumas coisas da história de Sissi e fiquei bem curiosa com o livro.
    É mesmo difícil falar sobre algo que não gostamos, por isso prefiro ler a sinopse de alguns livros e não me deixar influenciar muito pelas resenhas, afinal o que você odiou, eu posso amar.
    Gosto é gosto e cada um tem o seu.

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  4. É uma pena que tenha sido uma decepção, principalmente pelo grande marketing que a editora fez ao livro.
    Gosto de romances de época, mas nunca li algum que retratava a depressão. Deve ser algo super diferente nesse gênero, e pelo que vejo não foi bem abordado, beirando ao egoismo.
    Triste o fato de ter faltado algo a mais, e a narrativa com certeza me incomodaria também, minhas expectativas baixaram, e a edição está mesmo impecável.

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