"Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor." Autora: Sarah Dessen | ISBN-13: 9788555340116 | Ano: 2016 / Páginas: 320 | Idioma: português | Editora: Seguinte | Encontre AQUI
Não sei se vocês lembram, mas no ano passado resenhei aqui um livro da mesma autora, Os Bons Segredos, e foi uma grata e bela surpresa, se desejarem, podem vê-la clicando AQUI. Quando soube que a Seguinte lançaria mais um livro da Sarah, fiquei super ansiosa para me aventurar em mais um livro dela. E quando a editora me ofereceu para resenha, fiquei extremamente feliz. Não pude ler o livro assim que chegou, mas quando comecei foi difícil parar.
Remy é uma adolescente que está contando os dias para ir para a faculdade, porém, antes disso ela terá de lidar com mais um casamento da sua mãe, o quinto. E é quando ela vai na concessionária de veículos a Don Davis Motors, do seu mais novo padastro, que ela conhece o Dexter. Seria um encontro super normal, se ele não chegasse trombando nela e soltando uma cantada completamente absurda. Ele diz a ela que ele sentiu que eles deveriam ficar juntos pois ele sentiu uma conexão entre eles. Ela, depois de alguns anos vendo vários casamentos sendo desfeitos, acabou ficando bastante cética em relação a relacionamentos. E além disso ela possui uma regra específica para músicos, ela não se envolveria com nenhum deles, por conta do abandono do seu pai.
Seu pai era músico, e seu único sucesso foi composto para ela, a música Uma Canção de Ninar, que a Remy não suporta mais ouvir:
"Esta canção de ninarTem poucas palavrasApenas alguns acordesNeste quarto vazioMas você pode ouvir e ouvirAonde quer que váVou te decepcionarMas esta canção vai continuar a tocar..."
O Dexter deixa anotado o seu número na mão da Remy, que não dá a mínima atenção, até ele aparecer tocando na festa de casamento da sua mãe, e ela coincidentemente ficar sem carona para voltar para casa. Com o tempo, com a proximidade dos seus empregos, eles acabaram se esbarrando diversas vezes, e ele foi entrando aos poucos na vida da Remy. Confesso que por vezes o ceticismo dela me incomodava bastante, e até o seu ceticismo ficou abalado após o Dexter entrar em sua vida. O roteiro que ela seguia com todos os garotos com quem se envolve. Ela cita a falta de vontade de assumir um relacionamento, ou qualquer outra desculpa, mas o que ela tinha com o Dexter era diferente. Eles não rotularam, mas aos poucos ela já estava convivendo mais com ele e seus amigos, em sua casa, mas sempre estavam juntos.
Ainda que o Dexter tenha todos os "defeitos" que ela costumava não tolerar, como a desorganização, e a impulsividade, ela acabou passando por cima de tudo. Por outro lado, ainda havia a sua vida em casa, o relacionamento com seu irmão e cunhada, e a entrada do seu padastro controlador, e exagerado. Aos 18 anos, e já sabendo que se afastaria de casa, já que mudaria pra longe, ela tinha o receio de como a sua mãe estaria sem ela lá, e por isso tolerava o padastro, pois sabia que a mãe gostava dele, e que ela estava feliz com o seu novo casamento.
O livro ainda conta com a presença das suas três melhores amigas, Lissa, Jess e Chloe. Todas elas viviam os dramas da adolescência, e são bem parecidas em alguns pontos, e completamente diferentes em outras, porém elas se completavam e se ajudavam mutuamente. A presença delas, e dos amigos músicos é bem constante no livro, e eles são muito bem descritos durante o enredo. Confesso que por vezes gostaria de ler alguma coisa sob o ponto de vista de um deles. Ainda há os personagens que não me agradaram muito, como a cunhada da Remy, Jennifer, e o padastro Don. Há alguns aspectos deles que de verdade me incomodou muito, nela é o desdém que ela age com a Remy, e a omissão do Chris, seu irmão, também me deixou irritada. Antes da Jennifer, ela e o Chris eram muito unidos, e eles acabaram se afastando.
Comparando esta obra, a citada anteriormente no primeiro parágrafo, Uma Canção de Ninar é bem inferior. A protagonista não me agradou bastante, por vezes achei-a imatura demais, e com um ceticismo exagerado. Mas ainda assim gostei do crescimento da trama, e de como ela percebeu que nem sempre as coisas acontecem da forma que nós planejamos ou desejamos. Uma coisa que achei um pouco desnecessário foi o desfecho da sua mãe, eu faria algo diferente. Mas ainda assim a escrita da Sarah é muito agradável, e bem fluida. Consegui lê-lo bem rápido, e a cada capítulo queria ler mais um. Ainda assim continuo recomendando a Sarah, e lerei cada um dos seus livros que sairão por aqui.
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