Resenha: Pax - Sara Pennypacker



"Peter e sua raposa são inseparáveis desde que ele a resgatou, órfã, ainda filhote. Um dia, o inimaginável acontece: o pai do menino vai servir na guerra, e o obriga a devolver Pax à natureza. Ao chegar à distante casa do avô, onde passará a morar, Peter reconhece que não está onde deveria: seu verdadeiro lugar é ao lado de Pax. Movido por amor, lealdade e culpa, ele parte em uma jornada solitária de quase quinhentos quilômetros para reencontrar sua raposa, apesar da guerra que se aproxima. Enquanto isso, mesmo sem desistir de esperar por seu menino, Pax embarca em suas próprias aventuras e descobertas. Alternando perspectivas para mostrar os caminhos paralelos dos dois personagens centrais, Pax expõe o desenvolvimento do menino em sua tentativa de enfrentar a ferocidade herdada pelo pai, enquanto a raposa, domesticada, segue o caminho contrário, de explorar sua natureza selvagem. Um romance atemporal e para todas as idades, que aborda relações familiares, a relação do homem com o ambiente e os perigos que carregamos dentro de nós mesmos. Pax emociona o leitor desde a primeira página. Um mundo repleto de sentimentos em que natureza e humanidade se encontram numa história que celebra a lealdade e o amor." Autora: Sara Pennypacker | ISBN-13: 9788551000229 | Ano: 2016 / Páginas: 288 | Idioma: português | Editora: Intrínseca | Encontre AQUI

Pax foi um livro que despertou a minha curiosidade assim que li a sua sinopse, além de ter um tema voltado para o público infanto, era um livro de capa dura, e não é tão comum na Intrínseca. Algumas pessoas conhecidas foram lendo, e me contando sobre o livro e isto foi despertando ainda mais a minha curiosidade e enfim decidi ler Pax.

O livro já começa de um jeito tocante, pois Peter precisava abandonar a sua raposa de estimação no meio da floresta. A raposa parece que sentia algo estranho e não queria se afastar, e o Peter joga o soldadinho de plástico que ele costumava jogar e o Pax pegar, e vai embora com seu pai, deixando-o ali sozinho sem saber como se virar sozinho. O Pax foi resgatado pelo Peter ainda filhote, quando ele era uma criança pequena. O seu pai nunca gostou muito da ideia de ter uma raposa em casa, mas não se opunha. Até então. Era época de guerra e seu pai iria servir, ele ficaria com o avô e por este motivo teve que deixar seu amigo pra trás.

Já o Pax se vê perdido e sem saber em que local ele está. Ele decide ir atrás do seu garoto mesmo sem ter ideia de como chegaria até ele. Durante o começo do seu trajeto ele dorme na rua com urubus o rondando, mas não desiste de sua procura. Foi bem legal ver o ponto de vista da raposa com ele mesmo narrando capítulos.

E o Peter assim que chega na casa do seu avô sente que não fez algo legal. Ele começa a pensar em como a sua raposa estaria, sozinha, com fome e com frio e foge de casa para ir buscá-lo. Sua jornada não começa tão fácil como ele calculava. Logo ele encontra algumas pessoas curiosas para saber o que um garoto fazia sozinho, com uma mochila nas costas. E para completar, ao entrar em uma propriedade ele se acidente e fratura um osso da perna. E é ali naquela propriedade que ele conhece Vola, que sem dúvida é um dos pontos altos do livro. Já o Pax cruza com raposas no caminho e mesmo com a desconfiança de uma delas, ele se junta ao bando enquanto tenta achar o seu menino.

O livro é narrado em terceira pessoa alternando entre o ponto de vista do Peter e o do Pax. Ambos passam por dificuldades no caminho para encontrarem um ao outro. Mas ambos aprendem muito e é este conhecimento o que fica. Os mistérios que envolvem Vola, e como a sua maturidade e senso da vida ajudaram o Peter é algo sem igual. Ver a amizade e cumplicidade que eles conquistaram gradualmente mesmo em meio a desconfiança, foi lindo. A Vola conseguiu ensinar a ele tanta coisa grande, mesmo com coisas pequenas, e sem dúvida ela foi a minha personagem favorita. 

Em contrapartida, vemos o quanto o Pax precisou se adaptar as circunstâncias. Ele era uma raposa domesticada, e solto na floresta em meio a guerra e algumas das consequências, ele precisou aprender a caçar seu próprio alimento e ainda a proteger as outras raposas do seu bando. Ele nunca esquecia do seu menino, mas encontrá-lo em um momento não era mais a prioridade, e foi um outro ponto alto do enredo. A bela maneira como o livro termina, me fez escorrer umas lágrimas que estavam ali paradas para serem usadas. Me emocionei como a autora conseguiu criar uma trama linda, com ilustrações belíssimas, mesmo sendo poucas, e deu um desfecho lindo aos personagens. Assim como Extraordinário, este foi um livro Infanto que emociona, e eu recomendo e muito a todas as idades.

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