Resenha: Mil Pedaços de Você - Claudia Gray

"Marguerite Caine cresceu cercada por teorias científicas revolucionárias graças aos pais, dois físicos brilhantes. Mas nada chega aos pés da mais recente invenção de sua mãe — um aparelho chamado Firebird, que permite que as pessoas alcancem dimensões paralelas.  Quando o pai de Marguerite é assassinado, todas as evidências apontam para a mesma pessoa: Paul, o brilhante e enigmático pupilo dos professores. Antes de ser preso, ele escapa para outra realidade, fechando o ciclo do que parece ser o crime perfeito. Paul, no entanto, não considerou um fator fundamental: Marguerite. A filha do renomado cientista Henry Caine não sabe se é capaz de matar, mas, para vingar a morte de seu pai, está disposta a descobrir. Com a ajuda de outro estudante de física, a garota persegue o suspeito por várias dimensões. Em cada novo mundo, Marguerite encontra outra versão de Paul e, a cada novo encontro, suas certezas sobre a culpa dele diminuem. Será que as mesmas dúvidas entre eles estão destinadas a surgirem, de novo e de novo, em todas as vidas dos dois? Em meio a tantas existências drasticamente diferentes — uma grã-duquesa na Rússia czarista, uma órfã baladeira numa Londres futurista, uma refugiada em uma estação no meio do oceano —, Marguerite se questiona: entre todas as infinitas possibilidades do universo, o amor pode ser aquilo que perdura?" Autora: Claudia Gray | Firebird # 1 | ISBN-13: 9788569809098 | Ano: 2015 / Páginas: 288 | Idioma: português | Editora: Agir Now | Encontre AQUI

  Sou uma pessoa que tem sempre um pé atrás com os livros de ficção científica, é bem difícil conseguir prosseguir uma leitura, mas sempre quis ler esta trilogia. Tinha um certo receio de não gostar, ou não me apegar, enxergar defeitos demais e acabar abandonando. Porém, a trilogia Firebird não é um livro completamente centralizado na ficção científica. O q de romance presente no enredo, ajudou a me interessar pelo tema e pegar os três livros de uma vez, um após o outro. 

Em Mil Pedaços de Você, já começamos a leitura de forma eletrizante. Marguerite Caine, foi criada rodeada de cientistas. Seus pais juntos, construíram com o auxílio de Theo e Paul Markov, um aparelho que permite que pessoas viagem entre dimensões. O Firebird foi uma invenção de sua mãe, porém todos eles foram essenciais para a construção do projeto. Porém, quando tudo começa a dar certo seu pai, Henry Caine, é assassinado e todo o projeto excluído. Antes de Paul Markov, o pupilo mais querido dos Caine ser preso, ele foge com o auxílio do Firebird que deu certo. Para vingar a morte do seu querido pai e descobrir quais eram os motivos do Paul de ter feito isso, ela e Theo decidiram ir atrás dele e matá-lo. 

Antes de começar a explicar o que acontece em parte desta jornada, é preciso deixar claro que a viagem entre dimensões não é uma viagem no tempo. O Firebird não era capaz de voltar nem dias, nem meses nem anos. Em todas as viagens entre dimensões o tempo estaria correndo normalmente, mesmo que cada dimensão seja diferente da outra por diversos fatores. A primeira que Marguerite e Theo visitam é bem parecida com a dimensão original deles, mas há algumas tecnologias um pouco mais avançadas. É lá que o caminho da Marguerite e do Paul se cruzam pela primeira vez. É a partir desta dimensão que ela começa a perceber algumas coisas que serão fundamentais para o desenrolar da história.

Em contrapartida, a dimensão seguinte foi uma das dimensões mais atrasadas em relação ao desenvolvimento tecnológico, mas foi lá que comecei a me encantar de verdade com a história. Ainda que durante quase todo o enredo existisse a tensão, nesta dimensão enxerguei suavidade e amor, o que não significa que deixaram de surgir problemas. 

Claudia Gray conseguiu construir uma história que chama a atenção de novos leitores. Eu me vi completamente presa ao desenvolvimento, e só queria saber mais e mais sobre o Firebird e suas diversas dimensões. Muitas pessoas são avessas a romances em livros deste gênero, acham desnecessário focar em algo que não seja a ficção, mas aqui eu achei completamente necessário. O romance precisa existir para algumas atitudes serem tomadas. 

Mas nada se compara ao plot twist do final. Ainda que eu imaginasse algo parecido, nunca imaginaria que iria acontecer da forma que foi. Estou em um sério caso de amor com esta trilogia e esta autora. Nos próximos dias eu falarei um pouco mais a respeito dos próximos volumes.